Viver de Amor, é dar sem medida
Sem reclamar salário aqui na terra.
Ah ! sem contar eu dou-me bem segura
De que, quando se ama, não se conta !...
Ao Coração Divino, transbordante de ternura
Dei tudo... ligeiramente eu corro
Nada tenho senão a minha única riqueza
Viver de Amor.
Viver de Amor, é dissipar o medo
Afastar a lembrança das faltas do passado.
Dos meus pecados não encontro vestígios,
Num breve instante o amor queimou tudo.
Chama divina, ó dulcíssima Fornalha!
No teu centro fixo a minha morada
É no teu fogo que eu canto alegremente:
«Vivo de Amor!...»
«Viver de Amor, que estranha loucura !»
Diz-me o mundo, «Ah! cessa de cantar,
«Não percas os teus perfumes, a tua vida,
Aprende a empregá-la utilmente!...»
Amar-te, Jesus, que perda fecunda!...
Todos os meus perfumes são teus para sempre,
Quero cantar ao sair deste mundo:
«Morro de Amor!»
Amar é dar tudo e dar-se a si mesma.
Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja Poesia 17 «Viver de Amor»
Nota: para além de comentar, claro, pode sublinhar a frase que lhe diz mais, ou diz alguma coisa...
Monday, June 19, 2006
Monday, June 12, 2006

Nós queremos ver Deus, procuramos vê-lo, desejamos ardentemente vê-lo.
Quem não tem esse desejo?
"Felizes os puros de coração: porque verão a Deus".
Age de forma a que o vejas.
Comparando com as realidades materiais, como quererias contemplar o sol nascente com olhos doentes?
Se os teus olhos estiverem sãos, essa luz será para ti um prazer; se estiverem doentes, será para ti um suplício.
Certamente que não te será permitido ver com um coração impuro o que só se pode ver com um coração puro.
Serás afastado, desviado; não verás.
Quantas vezes é que o Senhor proclamou homens "felizes"?
Que motivos de felicidade é que ele citou, que boas obras, que dons, que méritos e que recompensas?
Nenhuma outra bem-aventurança afirma: "Eles verão a Deus".
Eis como são enunciadas as outras: "Felizes os pobres em espírito: porque deles é o Reino do Céu. Felizes os mansos: porque possuirão a terra prometida. Felizes os que choram: porque serão consolados. Felizes os que têm fome e sede de justiça: porque serão saciados. Felizes os misericordiosos: porque alcançarão misericórdia".
Portanto, nenhuma outra afirma: "Eles verão a Deus".
A visão de Deus é prometida quando se trata de homens de coração puro. E não é sem razão, porque os olhos que permitem ver Deus são os olhos do coração.É desses olhos que fala o apóstolo Paulo quando diz: "Possa ele iluminar os olhos do vosso coração" (Ef 1,18). No tempo presente, esses olhos, por causa da sua fraqueza, são iluminados pela fé; mais tarde, por causa do seu vigor, serão iluminados pela visão. "Vemos actualmente uma imagem obscura, como que num espelho; nesse dia, veremos face a face" (1 Co 13,12).
Thursday, June 08, 2006
Retalhos da vida de um padre...

Que fazer?
Em casa reduzi cada vez mais as despesas, procurando viver com menos.
Aprendi a adormecer apesar das dívidas, a estar mais com os meus filhos para que não lhes pesasse tanto a situação.
Recomecei a rezar, a pedir, com fé, ajuda ao céu.
A economia de Deus é diferente da nossa.
O Evangelho diz: “Dai e dar-se-vos-á” e nós verificamos isto na nossa pele todos os dias, das coisas mais pequenas até às maiores. Entretanto, fazemos todo o possível, recolher jornais, cartão, embalagens e garrafas de vidro para vender; as crianças fazem saquinhos de doces para vender, etc. No nosso bairro muitas pessoas batem à porta pedindo alguma coisa e por vezes demos a única coisa que tínhamos. Uma vez, a minha mulher ofereceu um quilo de arroz e na mesma tarde recebemos 2 quilos de lentilhas…
As crianças também recebem roupas e brinquedos.
Um dia chegou-nos um carro, deixado em frente à porta da nossa casa por uma vizinha que nos disse: “disponham dele, pagam-nos como puderem”.
Assim, de carro, pudemos levar a nossa terceira filha, nascida com a síndrome de Down, a fazer os tratamento necessários…
E fico por aqui hoje… mas antes partilho um pensamento de Óscar Romero: que belo será o dia em que, numa sociedade nova, em vez de acumular e guardar egoisticamente, se distribua, se partilhe e se divida, e todos se alegrem porque nos sentimos filhos do mesmo pai! Este é o projecto de Deus.
Saturday, June 03, 2006
Com a argila fazem-se as cantarinhas. Mas é o seu vazio que acolhe a água. Com madeira fazem-se as janelas, mas é o vazio delas que torna luminosa a casa.
Assim, se aquilo que se vê é útil, o essencial permanece invisível.
Que os Espírito Santo, invisível aos nossos olhos humanos e por vezes muito distraídos, nos liberte do pecado e encha a nossa vida dos seus dons: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência e piedade.
Assim, se aquilo que se vê é útil, o essencial permanece invisível.
Que os Espírito Santo, invisível aos nossos olhos humanos e por vezes muito distraídos, nos liberte do pecado e encha a nossa vida dos seus dons: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência e piedade.

“Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou Se no meio deles e disse lhes:
«A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse lhes de novo: «A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».
Jo. 20, 19-23
Thursday, June 01, 2006
Porque hoje é dia mundial da criança...

Existia um ilustre pensador na minha terra, que aproveitava tudo para penetrar na profundidade do pensamento e da vida. É um grande filósofo do país.
Apaixonado pela verdade, esta resistia-lhe, fugindo-lhe das mãos como uma enguia.
Por isso, quase já tinha renunciado a tanta procura e contentava-se em encontrar sentido para esta vida. “Quem sou eu e para que vivo”?
Nem as suas reflexões nem os seus debates com outros sábios o levaram muito longe. Nem sequer chegou a conclusões.
Uma tarde, enquanto a sua filha, de apenas cinco anos, brincava, o insigne pensador, entre o distraído e o carinhoso, quase maquinalmente, perguntou-lhe: “E tu, querida filha, sabes porque é que estás na terra”? A criança, sem pensar e sem sequer hesitar respondeu de imediato: “Para te amar papá, muito, muito…”.
Aprendamos a amar e descobriremos o verdadeiro sentida da nossa vida...
Subscribe to:
Posts (Atom)