Aprendi desde criança, que devemos dar. Aprendi também, que não nos devemos “gabar” daquilo que damos. Aprendi também que quanto mais damos mais temos. Quer uma ou outra coisa são extremamente difíceis… faço esse experiência todos os dias, sem dar por ela gabo-me do que dou, do que faço… Querem saber com quem a prendi isto, não devia dizê-lo mas vou partilha-lo. Foi com a minha mãe. Há coisas que se aprendem no ventre materno, vêm com aquele leite que se gera na maminha da mamã, diferente do leite que se compra na farmácia ou no supermercado.Continuamos em tempo de Quaresma. Uma das dimensões da Quaresma é a esmola. Tenho pena que a maior parte das vezes resumamos a esmola a algo material, e mais concretamente ao dinheiro. Esta dimensão é muito mais do que cinco tostões que depositamos numa caixa ou na mão de alguém.
A esmola a que a Quaresma nos desafia, é o olharmos para fora e percebermos que muitas pessoas à minha volta têm fome e sede do meu tempo, da minha vida, das minhas histórias e, também dos meus bens.A esmola a que a Quaresma me desafia é um tempo para partilhar aquilo que tenho e o que sou. É um tempo onde devemos aprender a conjugar o verbo dar…
