Saturday, October 21, 2006

Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe:
«Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir».
Jesus respondeu-lhes:
«Que quereis que vos faça?»
Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda».
Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis.
Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o baptismo com que Eu vou ser baptizado?»
Eles responderam-Lhe: «Podemos».
Então Jesus disse-lhes:
«Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado.
Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado».
Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder.
Não deve ser assim entre vós: Quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».
Mc 10,35-45


Bolas é muito difícil ser coerente. Ás vezes pergunto-me se serve para alguma coisa ser coerente! Tendo a viver com distintos horizontes, distintas lógicas… às vezes sinto-me bem-aventurado, e outras sinto uma enorme revolta. Às vezes creio em ti até ao mais íntimo, e outros momentos nem me recordo de ti. Há ocasiões em que as minhas acções me falam de ti, e outras negam-te. Como viver Senhor, com a tua estranha lógica? Como atrever-me a afirmar-te sempre, na vida, em tantas ocasiões? Como tornar-te parte das minhas opções, do meu trabalho, das minhas relações, do meu ócio, dos meus desejos e dos meus projectos?

Mais um desafio amigos, para mim e para vós, todos vamos na mesma barca.

Há dimensões da minha vida nas quais Deus está ausente? (ou nas quais não poderia entrar?)Alguma vez o evangelho me colocou em encruzilhadas difíceis?

Quero subir com Jesus a Jerusalém?

Vamos participar com alegria e esperança…

Monday, October 16, 2006

O tempo, não deixa de me surpreender.


Ao fim de um dia estranho, cansativo, enervante, cai-me à frente dos olhos um livro de onde retiro este pensamento que partilho convosco.

O tempo, não deixa de me surpreender.

Não me permite prender-me, adaptar-me, fechar os olhos aos rostos novos, histórias diferentes, sonhos que surgem.
Deus fala-me a partir dos problemas que surgem pela primeira vez, a partir dos novos passos da minha história.
A partir dos rostos que aparecem agora na minha vida. A partir da lições que tenho aprendido ultimamente. A partir do meu último equivoco. A partir de um livro que desperta em mim emoções e uma proposta que me convida a avançar em terrenos desconhecidos.

Deus está aí. Chama-me, diz-me, espera-me.
O que há de novo na minha vida ultimamente?
O que é que ultimamente, me tem falado de Deus?
Tens a coragem de responder a estas simples questões e partilha-las comigo (connosco)…
Coragem….
Ah! Obrigado pelos comentários ao post anterior

Tuesday, October 03, 2006

A vida não acaba apena se transforma...

Ao pensar um pouco no evangelho, proposto para a liturgia de hoje, (Jesus sobe para Jerusalém, lugar onde vai morrer, por nós), vieram-me ao pensamento umas palavras de S. Bernardo, um monge cisterciense e doutor da Igreja do século XII.
A propósito da nossa caminhada, peregrinação, para o fim último que é Deus, diz S. Bernardo: “já iniciaste a caminhada para a cidade onde habitareis, não avanceis por bosques, mas pela estrada”. Esta via pode parecer longa, e trazer menos consolações, ou ao olhar para a longevidade da estrada a percorrer se sintam conquistados por uma falta de coragem espiritual, e percam a esperança de conseguir suportar tantas dores. Deus nunca falta com as suas consolações, aos que ele elege.
Continua o venerável santo: “é certo que, actualmente, estas consolações ainda não lhes dadas senão à medida das suas penas; uma vez, porém, atingida a felicidade, não serão já consolações, mas delícias sem fim que encontraremos à direita de Deus (Sl 15, 11). Desejemos esta direita, irmãos, que nos alcança todo o nosso ser. Ansiemos ardentemente por esta felicidade, para que o tempo presente nos pareça breve (como de facto é) em comparação com a grandeza do amor de Deus. Os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que há-de revelar-se em nós (Rom 8, 18). Promessa feliz, por cujo cumprimento devemos esperar com todo o nosso coração!”
Hoje proponho-te um simples exercício:
Que pensas acerca do final da tua vida?
Que sentimentos experimentas quando pensas que um dia a tua vida vai ter um fim (entenda-se fim terreno)?
Ânimo amigo(a).