Friday, July 27, 2007


Onde encontrar-te Senhor?....
No caminho silencioso, nas palavras que gostava de ouvir, nos meus silêncios, nas minhas acções, e nos meus gestos….
Manifesta-te rápido, preciso é urgente…
Sei que estás comigo. O meu coração as vezes arde. Estás comigo, então tudo parece mais fácil.
A nossa caminhada tem muito do caminho de emaús, de encontro de descoberta, de compreensão e incompreensão, alegria e tristeza.
Ajuda-me a regressar rapidamente a Jerusalém para te anunciar a todos.
Tu estás vivo….

Monday, May 14, 2007


O senhor vive ressuscitado ao nosso lado. Passa pela minha vida, de uma forma tão discreta que por vezes não me dou conta dessa presença calada. Brilha de uma forma discreta, dá-me pistas para eu o reconhecer, para o encontrar, para o amar e seguir.
Contudo, custa-me dar-me conta inclusive acreditar nessa realidade…
Senhor quantas vezes passas ao meu lado cada dia?...

Sunday, March 11, 2007

Aprendi desde criança, que devemos dar. Aprendi também, que não nos devemos “gabar” daquilo que damos. Aprendi também que quanto mais damos mais temos. Quer uma ou outra coisa são extremamente difíceis… faço esse experiência todos os dias, sem dar por ela gabo-me do que dou, do que faço… Querem saber com quem a prendi isto, não devia dizê-lo mas vou partilha-lo. Foi com a minha mãe. Há coisas que se aprendem no ventre materno, vêm com aquele leite que se gera na maminha da mamã, diferente do leite que se compra na farmácia ou no supermercado.
Continuamos em tempo de Quaresma. Uma das dimensões da Quaresma é a esmola. Tenho pena que a maior parte das vezes resumamos a esmola a algo material, e mais concretamente ao dinheiro. Esta dimensão é muito mais do que cinco tostões que depositamos numa caixa ou na mão de alguém.
A esmola a que a Quaresma nos desafia, é o olharmos para fora e percebermos que muitas pessoas à minha volta têm fome e sede do meu tempo, da minha vida, das minhas histórias e, também dos meus bens.A esmola a que a Quaresma me desafia é um tempo para partilhar aquilo que tenho e o que sou. É um tempo onde devemos aprender a conjugar o verbo dar…

Saturday, March 03, 2007



Como qualquer cidadão português, eu gosto de vinho. Se por acaso não gosta devia de gostar! Mas para ter bom vinho é preciso cuidar da vinha.
Um dia destes o meu pai, um ancião de 80 anos pediu-me para lhe ajudar a podar as videiras e arranjá-las, atá-las, etc.
Andava com ele e veio-me este pensamento à cabeça: estamos em tempo de Quaresma. Pensando bem a Quaresma é um tempo de poda. Com o meu pai, podamos as ramas mortas, que impediam a árvore de crescer. Na nossa vida também é preciso fazer grandes cortes, isto é, grandes podas, mas usando a linguagem espiritual, grandes renúncias. É preciso dar um passo mais adiante na vida, com sabedoria e força.
Meus amigos, nem sempre é fácil, eu nem sempre consigo renunciar. São várias as razões: o medo de perder, o medo de ser criticado, o medo de não ser entendido e consequentemente ser rejeitado.
Nesta experiência, o meu pai ensinou-me que nem tudo se pode podar, cortar, não se pode cortar de qualquer maneira. É preciso saber escolher e depois cortar, para não fazer estragos.
A Quaresma é um tempo propício para isto. É uma ocasião privilegiada para olhar a própria vida.
Peçamos a Deus a luz para nos despojarmos dos ramos secos… que essa luz nos converta, muitas vezes em árvore frondosa que dá sombra aquele que passa pelo caminho no final do seu dia…
Vale a pena pensar nisto… porque é Quaresma…

Boa Quaresma para todos.

Friday, February 16, 2007


Ao pensar num post, para colocar aqui, nada me ocorria… Dou por mim a fazer a seguinte reflexão: ás vezes pesa-nos demasiado o peso da responsabilidade, sentimo-nos incapazes…
Mas nós temos que ser sempre invulneráveis, super heróis, invencíveis, magníficos?...
Por vezes tenho medo de mostrar a minha debilidade. Mas para estar em comunhão com Deus, ou para viver o evangelho, basta colocar a nossa debilidade em cima para que ele faça dela fortaleza.
Ele trabalha-nos a partir da nossa debilidade. Para isso devemos deixar que o nosso barro frágil se encha da sua palavra, basta deixar que a sua luz ilumine a nossa fragilidade, e assim no mundo que nos rodeia brilhará a esperança…
Olhem foi o que saiu hoje…
Para a próxima sai melhor…

Saturday, February 10, 2007

Devemos aceitar o aborto?

Não resisto a publicar neste espaço um trabalho apresentado numa aula de filosofia por uma amiga, de apenas 16 anos, a Joana…
Obrigado Joana por tudo aquilo que me ensinas, e por tudo aquilo que és para mim e para os nosso amigos…

Numa época recheada de discussões e controvérsias, onde cada um tem algo a dizer, esta pergunta é aquela que mais tem surgido, no nosso dia-a-dia. As possibilidades de resposta, embora claras, parecem gerar um conflito de valores, e uma grande distinção entre posições políticas, éticas, económicas. Chega-se até a gerar um pequeno conflito entre gerações e vivências, algo que não é surpresa, uma vez que, estamos perante um tema mais ou menos recente que pode não ser de fácil aceitação por parte de pessoas mais conservadoras. Sendo assim, as opiniões dividem-se.
A pergunta é mais do que clara. O acto de abortar consiste na interrupção da gestação de um feto, seja por morte súbita deste (causada por algum factor imprevisível) ou pela provocação da mesma, extraindo o ser do útero materno. Ora, devemos nós permitir que esta última opção seja realizada? Devemos nós permitir que se provoque o aborto?
Ao interromper uma gravidez, estamos a impedir a gestação de um ser humano. Ser este que, sendo inocente, frágil e indefeso não tem por onde se defender. E nem pode, de todo, escolher o direito à vida, a um crescimento feliz (e não confundamos felicidade com posse de bens materiais) e a uma passagem terrena como aquela da qual qualquer um de nós está a usufruir. Ora interromper a vida, não é mais do que suspendê-la. Matar é suspender a vida. O aborto é a morte e abortar é matar.
Caberá a qualquer pai ou mãe, decidir sobre a vida de um filho? Terão os pais daquelas crianças assassinadas por eles mesmos, uma posse total sobre elas, que lhes justifique o acto macabro que praticaram?
Não. Ninguém é pertença de ninguém. E isto prova-o o livre arbítrio com que fomos presenteados, pela nossa existência racional. De facto, os nossos pais, professores e educadores, têm uma missão: a de nos transmitir valores saudáveis e úteis para a nossa vida. Mas isto não faz com que lhes pertençamos e, consequentemente, não lhes dá o direito de decidir por nós e em relação a nós. Não, o papel de um pai ou de uma mãe não passa por escolher a vida ou morte do seu filho.
Sendo assim, não é aceitável que se diga que só cabe a cada pai/mãe decidir sobre a legitimidade ou ilegitimidade do aborto que pretende ou não provocar.
Também se tem por costume recente, a tentativa de adivinhação sobre a data na qual começa a vida. Será aos 2, aos 10, aos 12 meses? Será no dia anterior ao nascimento, ou no dia a seguir á concepção? Será que a vida começa a meio da gestação ou apenas quando bate o músculo cardíaco? Quando há vida? Sabemos que tudo começa por uma probabilidade. O facto de sermos como somos, fisicamente, foi-nos ditado no dia em que um óvulo foi penetrado por um espermatozóide, seleccionado ao acaso. Aí se deram as necessárias alterações e configurações para que, de uma coisa tão pequena, surgisse o que somos hoje. Ora, nesse dia, não estávamos nós presentes nesse ovo?
Certo que, psicologicamente, ainda não (uma vez que, até ao último dia, estaremos sujeitos a alterações na nossa forma de ser e de estar), mas fisicamente, não éramos nós? Merecemos a vida e estamos a vivê-la. Lutemos por quem, como nós, tem direito a esse milagre. Impeçamos o aborto, não o aceitemos.

Thursday, January 18, 2007

O Senhor tem um plano para mim.

Como sabem os padres também se confessam…
Tento confessar-me com regularidade, mas nem sempre acontece com aquela frequência que desejava e preciso.
Ontem ao fazer o meu exame de consciência senti-me amado de uma forma tão profunda, e pensava comigo! Não se trata se sou magnífico ou um desastre. Muito menos se brilho ou passo despercebido em determinados contextos. Mas trata-se de como Deus pode fazer com o meu barro a sua obra, como quer colocar a minha vida no seu caminho, os meus passos nos seus trilhos, as minhas mãos a trabalhar pelo seu Reino. Na minha debilidade e na minha fortaleza, Deus olha-me extasiado, porque me vê bom, chama-me a viver o seu evangelho…
Porque me hei-de olhar como um desgraçado?...A sua graça faz-me novo, renova o meu ser, faz-me olhar os outros de forma nova, acho que vale a pena pensar nisto…

Wednesday, January 03, 2007

Neste início de ano partilho convosco uma mensagem que recebi num destes dias festivos

Cada instante que passa é um momento de graça, se é posto ao serviço da verdade.
Que cada dia deste ano seja de facto esse momento de graça. São os meus votos para quantos por aqui passarem.